Furto de celulares aumentam em 135% e faz vendas de seguros dispararem
Foto: Daniel Romero/Unsplash
Segundo o ISP (Instituto de Segurança Pública), um celular é tirado de seu dono a cada 12 minutos no estado do Rio de Janeiro. 13.796 furtos de aparelhos foram registrados no primeiro semestre, um aumento de 135,3% em relação a 2021. No estado de São Paulo, o próprio governo informa que um smartphone é roubado a cada três minutos e, há pouco mais de dez dias, a Polícia Civil divulgou que, só de janeiro a maio, o número de roubos de aparelhos cresceu 815%.
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Com a explosão dos roubos e furtos de celulares, para não ficar no prejuízo, muita gente já está recorrendo ao seguro para smartphone, o novo queridinho das seguradoras, que, só neste ano, tiveram aumento de até 80% nas vendas desse produto em todo o país.
Tanto empresas tradicionais quanto as modernas seguradoras digitais 100% online apostam no potencial desse segmento. Uma pesquisa simples no site de buscas mais popular da internet mostra que há, pelo menos, oito companhias que comercializam esse tipo de seguro no Brasil.
A Porto, com 77 anos de atuação no mercado, reformulou o seguro para celular que já oferecia e o relançou no início do ano. O crescimento no primeiro semestre foi de 80%. “O Brasil tem mais de 240 milhões de aparelhos, é mais de um celular por pessoa. Cada vez mais coisas importantes estão nos smartphones, e ainda pouca gente tem seguro. Por isso, temos uma ambição grande, queremos oferecer uma boa experiência para atrair até 1 milhão de clientes nos próximos três a cinco anos”, diz Jarbas Medeiros, diretor executivo de ramos elementares da Porto, em entrevista ao R7.
A Porto aceita qualquer tipo de aparelho, dos mais simples aos mais completos e sofisticados, novos e usados, desde que tenham até dois anos de uso. Também não é exigida a apresentação da nota fiscal, porque a empresa realiza uma “vistoria” virtual. A contratação do seguro de celular da Porto é realizada de forma totalmente on-line e pode ser adquirida clicando aqui.
Como funciona?
O Seguro Celular Porto tem quatro opções de contrato, com diferentes coberturas. Os preços variam conforme a modalidade escolhida e o modelo do aparelho. O consumidor pode optar por um seguro que cubra apenas roubo, somente quebra acidental ou roubo e quebra acidental. O quarto e último tipo de cobertura inclui furto simples, além de roubo e quebra acidental. As coberturas da maioria das seguradoras são bem parecidas com essas.
O roubo acontece quando um bem é subtraído em um assalto, quando há confronto entre o ladrão e a vítima. No furto simples, a pessoa não vê quando o ladrão pega o bem, só percebe posteriormente que já não está mais com ele.
“Hoje temos esses quatro planos, bem básicos, que atendem públicos com perfis diferentes. Eu, que tenho uma criança pequena em casa, que toda hora derruba meu celular, contratei o seguro contra quebra acidental do aparelho. É o que me preocupa mais, porque eu não saio mais para baladas, já estou casado, fico mais em casa, rodo menos [de carro]. O risco de roubo é menor, portanto, não preciso de uma cobertura contra roubo ou furto”, explica Medeiros.
Para o diretor da Porto, essa não seria a melhor opção para motoristas de táxi e de aplicativos de transporte: “Eles estão na rua o tempo todo, circulam por todos os lugares, talvez precisem mais da cobertura contra roubo do que a contra quebra acidental”.
Medeiros diz que também é possível incluir no contrato mais de um aparelho, do próprio indivíduo ou de outra pessoa da família. O seguro não tem carência e pode ser usado 24 horas depois da contratação. Há a opção de pagar a anuidade em até 12 parcelas mensais, debitadas diretamente no cartão de crédito, e a contratação é feita pelo site da seguradora ou com um corretor. Se o segurado tiver alguma ocorrência e precisar acionar o seguro, deverá pagar uma franquia correspondente a 25% do valor do aparelho.
Nos casos de roubo ou furto, a reposição é feita por meio de reembolso ou envio de aparelho igual ou equivalente, observado o valor de mercado. Antes de adquirir o seguro, é possível fazer cotações no site ou no aplicativo da Porto. Para se ter uma ideia, em uma simulação de um seguro de quebra acidental para um iPhone 12 de 128 GB de memória, que custa cerca de R$ 5.300, a proteção sairia por 12 parcelas de R$ 29.
O preço do plano completo para o mesmo aparelho é 12 vezes de R$ 59. Para um smartphone Samsung Galaxy S20, cujo valor de mercado é R$ 4.450, os mesmos planos ficariam em 12 pagamentos de R$ 32 e 12 de R$ 60.
“Nosso público hoje é jovem, metade ainda é solteira, a maioria é de mulheres, e 98% são pessoas físicas. Esse é o primeiro contato desses clientes com um seguro, ele é a porta de entrada na companhia. O público do seguro de carro, por exemplo, já é um pouco mais velho, está na casa dos 30 anos”, conta o diretor da Porto em entrevista ao R7.
Atenção aos detalhes!
Os tipos de cobertura oferecidos podem até ser parecidos, mas as diferenças entre os seguros de cada empresa estão nos detalhes. Zona de cobertura, pagamento de franquia, prazo de carência, exigência de apresentação de BO (boletim de ocorrência), em caso de roubo ou furto, ou de nota fiscal, tempo de reposição do aparelho ou de liberação do conserto, em caso de sinistro, e a tabela de preços dos aparelhos para os valores a serem reembolsados são temas importantes e que devem contar na hora da decisão.