Uso excessivo de telas, durante a pandemia, pode aumentar risco de desenvolver Síndrome do Olho Seco

Uso excessivo de telas, durante a pandemia, pode aumentar risco de desenvolver Síndrome do Olho Seco

 

Se você utiliza aparelhos como smartphones, tablets e computadores durante muitas horas do dia precisa ficar atento(a)!

O uso prolongado desse tipo de equipamento pode aumentar o risco de desenvolver a Síndrome do Olho Seco, doença ocular crônica e progressiva que afeta diretamente a produção e qualidade de lágrimas nos olhos. No mundo, mais de 340 milhões de pessoas são afetadas por esse mal. A principal característica do Olho Seco é a diminuição da quantidade e/ou alteração da qualidade da lágrima, causando sintomas bastante desconfortáveis, como: ressecamento ocular, sensação de areia nos olhos e embaçamento visual.

No Brasil, a disfunção atinge cerca 12% da população, ou seja, cerca de 25 milhões de brasileiros, numa proporção de três mulheres para cada homem. Casos entre os idosos também são mais comuns, principalmente em pacientes com doenças sistêmicas, como as reumatológicas ou autoimunes, diabetes e até alterações hormonais.

Com a pandemia da covid-19 o uso de dispositivos eletrônicos tem sido ainda mais frequente. Tanto crianças como adultos estão em risco de desenvolver os sintomas de olho seco e algumas orientações podem ajudar no dia a dia, como tendo um ambiente controlado, evitar que ventilador ou ar-condicionado fique direcionado para os olhos, reduzir brilho das telas e fazer intervalos regulares, são algumas alternativas.

Após o aparecimento dos sintomas, o médico oftalmologista avalia como eles afetam a vida do paciente e passa a investigar se há algum fator de risco para o aparecimento da síndrome. O próximo passo é avaliar o tempo de ruptura do filme lacrimal e coloração da superfície ocular por corantes específicos. O tratamento varia em cada caso, mas pode envolver técnicas como reposição de ômega 3, lágrimas artificiais e uso medicações anti-inflamatórias.

Hoje, vários procedimentos estão disponíveis para auxiliar no tratamento dos casos mais persistentes. Merecem destaque o tratamento com Luz Pulsada e a termoterapia pulsátil, que podem auxiliar ao melhorar a superfície ocular. Nos casos mais avançados, pode ser realizado transplante de glândula salivar.