O que fazer para conscientizar as pessoas sobre o Setembro amarelo?
O suicídio pode ser definido como um ato deliberado executado pelo próprio indivíduo, cuja intenção seja a morte, de forma consciente e intencional, usando um meio que acredita ser letal. Também fazem parte do que habitualmente chamamos de comportamento suicida: os pensamentos, os planos e a tentativa de suicídio.
Por conta do número crescente de pessoas que tiram suas próprias vidas a cada ano, foi criado desde 2015 no Brasil, o Setembro Amarelo, campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio.
O Ministério da Saúde, por meio da portaria nº 1.876, de 14 de agosto de 2006, instituiu as diretrizes nacionais para prevenção do suicídio. Entre os principais objetivos estabelecidos destacam-se: 1. Desenvolver estratégias de promoção de qualidade de vida e de prevenção de danos; 2. Informar e sensibilizar a sociedade de que o suicídio é um problema de saúde pública que pode ser prevenido; 3. Fomentar e executar projetos estratégicos fundamentados em estudos de eficácia e qualidade, bem como em processos de organização da rede de atenção e intervenções nos casos de tentativas de suicídio.
Sinais aos quais prestar atenção
Aos familiares e amigos, a orientação é acolher a pessoa em situação de desamparo e desesperança sem julgamento e auxiliá-la na busca por ajuda profissional.
Veja alguns sinais que podem indicar ideias e intenções suicidas:
• isolamento e distanciamento da família, dos amigos e dos grupos sociais, principalmente se a pessoa apresentava uma vida social ativa;
• queixas contínuas de sintomas como desconforto, angústia, falta de prazer ou sentido de vida;
• qualquer doença psiquiátrica não tratada (quadros psicóticos, transtornos alimentares e os transtornos afetivos de humor);
• publicações das redes sociais com conteúdo negativista ou participação em grupos virtuais que incentivem o suicídio ou outros comportamentos associados;
• ausência ou abandono de planos para o futuro;
• atitudes perigosas como dirigir perigosamente, beber descontroladamente, brigas constantes, agressividade, impulsividade etc.;
• agir de forma desinteressada ao lidar com algum evento estressor (acidente, desemprego, falência, separação dos pais, morte de alguém querido);
• despedidas em ligações ou mensagens, distribuir bens pessoais;
• colocar os assuntos em ordem, fazer um testamento, dar ou devolver os bens.
A prevenção do suicídio não se limita à rede de saúde, mas deve ir além dela, sendo necessária a existência de medidas em diversos âmbitos na sociedade, que poderão colaborar para a diminuição das taxas de suicídio. A prevenção deve ser também um movimento que leve em consideração os aspectos biológico, psicológico, político, social e cultural, no qual o indivíduo é considerado como um todo em sua complexidade.
Fontes:
Associação Brasileira de Psiquiatria: suicídio: informando para prevenir
Ministério da Saúde. Suicídio: saber, agir e prevenir: cartilha com dicas para profissionais de saúde e população